Marisa vs. Marilyn
Fui dar comigo a ler uma crítica de um filme pop, sem dúvida pop, em que a actriz principal, Marisa Cruz dá ares de Marilyn Monroe. O filme, de nome 'Kiss Me' tem como protagonistas alguns dos talentos (?) emergentes nos últimos 5 anos em Portugal. No seguimento da crítica vinha uma pequena entrevista à dita-suposta-actriz na qual revelou um pouco de inteligência dizendo que Portugal tem um preconceito em que as mulheres bonitas são más actrizes.
Revoltou-me esse comentário: não porque discorde dele, mas justamente porque concordo com ele. Uma mulher à qual eu não reconheço inteligência nenhuma (e beleza deixa um pouco a desejar, mas isto é só a minha opinião) não é capaz de ter uma posição semelhante à minha.
Mas é verdade, as mulheres bonitas são mal aceites no cinema português - no europeu mais ou menos - querem-se mulheres feias, ou na melhor das hipóteses, dentro dos parâmetros da normalidade. É um preconceito parvo, pior, é feio. Porque é que não hão-de as mulheres bonitas ser boas actrizes, performers e afins?
Pergunta que me leva até à Marylin Monroe. Esta mulher era actriz, cantora, modelo e fornicava com o homem mais poderoso do mundo, se bem que uma coisa às vezes não tem nada a ver com a outra. E era linda; isso demonstra que uma coisa é perfeitamente compatível com a outra, ainda que os tempos fossem outros, talento é talento (ou formação).
Depois vem a portuguesinha a dar ares, porque nem tem talento e formação só se for na cama.
Não é por ser portuguesa, é por ser ela, um arauto de estupidez na sociedade portuguesa a dizer que as mulheres bonitas não podem ser boas actrizes nem nada que lhes valha. Não!, podem e devem, desde que sejam talentosas, o que não é o caso. E da inteligência nem sequer me reporto, porque suponho que seja óbvio em demasia a ausência dela.
Inegáveis têm sido as comparações que se têm feito entre as duas, diferenças mais que óbvias. Nem vale a pena iniciar, apenas fazer um apelo: Marisa, salva a face, mostra humildade e afasta-te desses comentários (se bem que calculo ser difícil, com um ego do tamanho do mundo).
Norma Jean, I miss you.
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