Viagens e Viajantes Pouco Viajados
Longe de casa, tão longe. E o retorno. Évora, Lisboa, Évora, Porto, Évora e Portalegre, por fim. Quilómetros e mais quilómetros sem fim. O cansaço sentido no corpo. Mas não foi só assim o mês que agora finda.
(H)ouve a música, o início do fim e muitas noites. Volto de mais um bar, e apesar deste ser conhecido de há muito, começa a ser estranho, começam os rituais noctívagos a não agradar.
Fui a Serralves. Tirei fotografias que gosto. São muitas, ponho poucas, nada elucidativas, mas as que agora me parecem bonitas, amanhã mais bonitas outras serão, mas agora gosto mais destas. Noutra altura ponho outras.
Eu num espelho.
O Tiago e a Ana.
A saída do Porto.
Gosto de viajar. Gosto do ar carregado que fica dentro do carro quando o ar já foi respirado e re-respirado, tenso. os corpos cansados acomodam-se no banco de trás, sonolentos, dorminhocos. A música sempre inconstante, a estação sempre a ficar estática. As rodas sobre o asfalto, os travões, quentes, quentes, os olhos a fechar. Ainda ter que guiar um pouco.
Foi um mês, o último Janeiro assim, não vai haver outro, como nunca houve, mas este foi melhor.
Por quem sou, por quem és, por quem somos, por quem somos e fomos; e agora, tocar para a frente com a uma pontinha cá dentro a dizer que vai tudo correr bem.
É capaz de correr, mas o medo ninguém no-lo tira. Acho que é mesmo assim, mas a pontinha é um pouco de certeza. Há, sem dúvida alguma, inércia à mudança, mas a verdade é vai tudo correr bem. Eu sei que vai.
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