O Vício da Destruição
Tnho ouvido um álbum em particular, que comprei há pouco: consta de cinco faixas em que uma rapariga conta experiências. É agradável guiar a ouvi-la, tem uma voz bonita, ameninada. Contrasta com a brutalidade daquilo que diz, com o terror das expressões que usa.
É tudo a preto e branco, a capa. Ela aparece e parece que está a gritar para um microfone, mas quando realmente ouvimos o álbum ela não grita. Descobri que gosto de sobrecarregar os meus sentidos. Ouço esse álbum conversado ao mesmo tempo que ouço um outro da Diamanda Galas, uma coisa relativamente antiga; quando estava a fazer o dowload não me apercebi que era uma espécie de música satânica - e logo eu que não me identifico nada com isso. Até gostei, é quase todo em francês.
E gosto de ouvir os dois juntos, porque um fala comigo ao mesmo tempo que o outro nos dá a banda sonora para a conversa, converso com a Lydia Lunch a ouvir Diamanda Galas.
Acho que ambas despertam em mim o meu ser violento: todos o somos, mas muitas vezes isso não transparece nada, nem sequer está visível. Elas clamam a minha decadência e o meu desejo de destruir, esmagar. Mas isso é tão não-eu. Mas ando com tanta vontade de ouvir essa música e de ouvir essa conversa.
Fica apresentada, esta é a Lydia:
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