Tuesday, June 21, 2005

Primavera Celibatária

Ontem terminou a minha vigésima terceira Primavera. Conto-as desde mil novecentos e oitenta e três, visto que fui parido como cria no final do Verão de mil novecentos e oitenta e dois.
Não é das estações que mais gosto, a Primavera. Ainda por cima se esta se torna perversa, bulindo com os nossos nervos, dando muito azo às hormonas potenciadas e provocadas pelas feromonas.

Mas nem sempre as Primaveras tiveram este efeito devastador em mim, até passava por elas com bastante naturalidade, sem necessidades hormonais de especial monta. Era uma coisa que passava por mim sem deixar estragos por aí além, não me deixava ansioso nem totalmente desesperado, como esta Primavera que ontem se encerrou. Mas outras houve em que as coisas se tornaram muito complicadas, também já ultrapassei o auge da adolescência e das cambalhotas hormonais.

E houve Primaveras que foram muito importantes, Primaveras de descoberta do corpo, da sexualidade, ou não fosse, lá está, Primavera. Na Primavera de mil novecentos e noventa e seis descobri o que era o prazer sexual. Três anos mais tarde descobri o que era o prazer sexual com uma rapariga.

Encerro esta Primavera com um sabor agridoce na boca e no corpo. Foi uma Primavera que trouxe muitas certezas, mas em que as feromonas me emboscaram com todas as suas forças e exércitos.
As certezas foram mais fortes do que qualquer hormona ou feromona. São-o porque são certezas.

1 Comments:

Blogger unknown soldier said...

...acho que a única coisa que te resta, é esperar por um "verão quente"
keep "cool"
; )

4:13 PM  

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