So This Is Goodbye*
Foi um fim de semana de conversa difíceis. Não que as não quisesse ter, simplesmente são conversas que se têm muito poucas vezes, conversas que mexem connosco, conversas que falam do passado, que resolvem coisas.
Num filme que há dias vi, a Julie Delpy dizia: "Memories are a wonderful thing if you don't have to deal with the past."
Ou seja, é sempre fantástico recordar para aprender, para não repetir erros; é bom aprender, mas não é nada bom lembrar o sofrimento inerente a esses acontecimentos. Daí a frase dita.
Todas as coisas têm o seu tempo, por isso não me sinto especialmente nostálgico por sair de Évora. Há pessoas de quem sempre gostaremos e essas deixam saudades. Mas as coisas têm o seu tempo e reconhecendo isso dou mais um passo em frente, prefiro não estagnar como poderia, se quisesse.
Prefiro então não recordar, as coisas têm o seu tempo. As memórias também: ni fim de uma vida só acabamos por nos lembrar daquilo que é realmente importante. Enquanto pessoa nova que sou, sei que armazeno tudo, bom e mau, importante ou supérfluo. À medida que for envelhecendo - cabelo grisalho e rugas de experiência, olhar sabedor - vou seccionando e seleccionando aquilo que foi mais importante daquilo que não interessa.
Acabo por ter as memórias e lidar com o passado que importa, com aquele que vai sempre influenciar a minha forma de olhar.
O outro, não que não seja importante, mas não interessa.
*título de uma canção de Stina Nordenstam
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