Vodka, Vinho e Aspirinas
Duas horas e nove minutos, três aspirinas, meio litro de café com leite e uma fatia de pão com manteiga mais tarde, volto aqui, com um olho já aberto e outro ainda fechado.
Causas de tamanha desgraça; duas garrafas de vinho a dividir por três pessoas, temperada com uma salpicos de vodka aqui e ali. Caramba, acho que ainda não acabei com a dose de aspirinas; não tarda, já marchou a palete toda e eu nem sequer sei como, nem dou fé disso.
Começou com um jantar em casa de uns amigos dos meus pais, não que estivesse muito encantado de ir, mas gosto muito do D. e da I., não se diz que não assim a pessoas de quem nós gostamos. Estava lá o cão deles que aproveitou o facto de eu estar de calções para me dar uma trinca nos calcanhares. Mal sabia eu que essa trinca se ia propagar até à cabeça doze horas mais tarde. O problema é que agora é repetidamente, uma trinca cerebral no "Repeat 1".
Fugi o mais rápido que soube, para uma quinta na encosta da serra onde fui encontrar alguns amigos a ver futebol. Não sei como, o jogo acabou, a equipa por quem todos torcíamos perdeu; acabámos três dos nove a tocar guitarra, bateria e cantar e beber: deixaram por lá duas garrafas de vinho, que fomos bebendo. Quando as coisas acalmavam, golinhos de vodka sobejada da passagem de ano para aquecer. Só dei conta do que se passava quando trôpego, tentei levar a guitarra para o carro.
Ainda hoje não tive ensejo de experimentar a minha voz, mas também tenho medo de abrir a boca, não vá de lá sair algo indesejável. Sei que me lembro de andar aos saltos a cantar o "Swallowed" dos Bush, o "Cão Muito Mau" dos Boite Zuleika entre outros hits.
Pior, a ver o Bon Chic na TVI com músicas da Madonna, a minha infância musical revisitada num programa pimba de sábado à noite. Acho que não quero continuar esta autoscopia para não descobrir mais sobre mim, pelo menos em estado embriagado.
Não me lembro muito bem de chegar a casa, mas trouxe o carro.
Trouxe!? Bem, isso passa com outra aspirina.
0 Comments:
Post a Comment
<< Home