O meu casaco de pelo de carneiro em Amesterdão
Tantas peripécias passadas em Bremen, despedidas de amigos recentes. Enfim, o desgaste emocional é algo tão bom como doloroso; engraçado como nós somos, procuramos a dor nas relações, quer estas sejam de amizade ou de outra índole. Enfim, mas só dói porque gostamos e sentimos falta.
Isto sou eu em Amesterdão com o meu casaco de pele de carneiro e um ar grunge. Acho que tenho o ar de quem está a ver a cidade e à noite vai tocar no Amsterdamer Dome,o que, a bem dizer, não era nada mau.
A deambulação que naquele momento levava a cabo levar-me-ia ao Museu Van Gogh. Não só lá encontrei os seus quadros, como uma exposição de um pintor austríaco, Egon Schiele, que levou uma vida muito perturbada. Pedófilo, amante de prostitutas, quando se resolve a casar tem que ir combater na primeira guerra mundial; quando volta a mulher adoece e morre. Três dias depois morre ele. Aos vinte e oito anos.
Esta cidade pula de vida, as pessoas são todas muito fashion, vestem-se bem e não são totalmente desprovidas de beleza; é tão bom andar na rua, olhar para as pessoas. Além de que são muito, muito saudáveis, ao contrário de nós que nos enchemos de enchidos e gordura e essas coisas todas. Ao menos comemos muita sopa, isso é bom.
Bicis:
E encontra-se de tudo na rua: já na zona do Red Light District encontram-se todos os tipos de bares e casas de amásias; no entanto, em ocasião alguma, nos sentimos inseguros. Quer dizer, em termos de frequentadores faz lembrar o Bairro Alto - saudosa Lisboa - mas sem a violância que npode explodir a qualquer momento. Anda-se em segurança.
E bares e bares e bares e bares.
Rhythm' n' Blues
E depois, casualmente, encontra-se o carro dos nossos sonhos, ali à mão de semear, com matrícula portuguesa.
Não fui sozinho. Compras e mais compras, muita comida. E sempre a rir.
Agora, em Portugal, apertam as saudades. Tantas, Tantas
Fotos por S e M.
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